sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Blog de Gustavo Poli, a melhor postagem pós-tri!

Essa é a história de uma mãe e seus dois filhos – e começa numa das mais tristes noites da história do Fluminense Football Club. O tricolor das Laranjeiras já foi muitas coisas – já foi timinho, já foi leiteria, já foi sobrenatural. Mas naquela noite colorida de 2 para 3 de julho de 2008, quando baixou a névoa de pó-de-arroz sobre o Maracanã, parecia que o Fluminense tinha perdido a chance de ser maior.

Nossa história começa logo após o fim daquela partida – na qual o Fluminense venceu a LDU por 3 a 1. O resultado levou a decisão da Taça Libertadores para os pênaltis. Neste breve e infinito intervalo – entre jogo e penais – é que encontramos dois torcedores nas cadeiras especiais – uma mãe e um de seus filhos. A tensão é praticamente palpável. A mãe olha para o filho, o pequeno Caio, sete anos, e transforma angustia em otimismo:

- Meu filho, agora somos campeões! Nos pênaltis, a gente é time grande, vamos ganhar! – grita.

O Fluminense perde o primeiro pênalti… depois o segundo. Conca e Thiago Neves. A mãe olha para o filho…

- Mas você disse que a gente ia ganhar, mãe…

As lágrimas brotam nos olhos – mas o choro fica preso na garganta. Não sai. Engasga. Washington perde o pênalti decisivo. Nas palavras da mãe:

- O estádio fica em silêncio, os olhos de meu filho cheios, meu coração destruído.

A LDU ainda comemora no gramado quando mãe e filho sobem a escadaria das especiais para chegar aos elevadores. O choro materno não desce. De repente, um outro jovem torcedor – com olhos cheios – começa a cantar o hino do clube.

- … fascina pela sua disciplina, o Fluminense me domina…

É cortado por uma outra voz, revoltada:

- Perdemos, seu idiota. Tá cantando por que?

O cantor ignora e continua cantando. A mãe percebe que seu filho também canta , baixinho. Aos poucos, o hino cresce – ganha corpo – toma o saguão inteiro – como um réquiem de Mozart para aquela finada campanha. Mãe, filho e milhares outros cantam em coro.

- … eu tenho amor ao tricolor! Salve o querido pavilhão… das três cores que traduzem tradição…

A canção na derrota é o depoimento supremo de amor pelo time – o perdão diante do insucesso, a afirmação que torcemos por aquelas cores de qualquer jeito – e que toda circunstância é secundária. Mãe e filho deixaram o Maracanã tristes, mas de alguma forma mais tricolores, mais profundamente tricolores.

Debaixo da angustia materna, o subtexto. Caio tem um irmão gêmeo, Marco. Se Caio torce pelo time da mãe, o Flu; Marco torce pelo time do pai, o Fla. São gêmeos não-idênticos, apenas muito parecidos. Ali no Maracanã, com a névoa branca baixando, a mãe surdamente temia… temia perder Caio. Temia ver Caio escapar na direção de outras cores.

Ano e meio depois, no fim de 2009, Fla e Flu estavam em pontos opostos da tabela do Brasileirao. O Fla precisava de uma vitória no Maracanã para ser campeão. O Flu precisava de um empate contra o Coritiba para escapar do rebaixamento.

Na casa de Caio e Marco havia duas TVs ligadas. Uma acompanhava Flamengo x Grêmio. A outra estava ligada em Fluminense x Coritiba. O primeiro jogo acabou antes – com o Fla campeão – e Marco veio gritar, celebrar, cantar seu título na sala com mãe e irmão. Encontrou silêncio e angústia. Faltavam dez minutos para o Flu se livrar do rebaixamento.

Marco silenciou também – e calado acompanhou o alívio tricolor. A última noite futebolística de 2009 terminou feliz na casa dos gêmeos. Quão irônico, o destino – capaz de tirar o futebol do Fla de dentro do Flu em 1912… para quase cem anos depois produzir dois irmãos tão próximos – um tricolor e um rubro-negro, debaixo do mesmo teto, felizes de modo distinto. Que roteiro Nelson Rodrigues, que dizia que Fla e Flu eram os Irmãos Karamazov do futebol brasileiro, não escreveria?

E então chegamos a dezembro de 2010 – quando o Fluminense encontra de novo sua história. Nós, que nada sabemos, deveríamos vez por outra presumir. Presumir que o primeiro titulo de um estádio chamado João Havelange seria tricolor. Presumir que este titulo viria pelo placar eternamente tricolor – o 1 a 0, o gigantesco, inesquecível 1 a 0 – o 1 a 0 jogando mal, o 1 a 0 furando a bola, o 1 a 0 feio, abjeto, lindo.

Quem diria, um ano antes, que o Flu suando e desesperado diante do Coritiba, resistindo a toneladas de tensão, estaria ali, a um passo da vitória – a um passo de um título? Um passo – um chute – um gol.

Movido a mala, o frágil Guarani parecia uma muralha verde, com duzentas pernas e sangue frio. Melhor campanha, melhor time, adversário desfalcado e rebaixado – nenhuma informação seria capaz de tranqüilizar o torcedor que passou a semana suando em três cores. Não, não havia facilidade capaz de remover a sina tricolor. As grandes vitórias do Fluminense são sempre mínimas, irrisórias.

E quis o destino, com suas mãos seletivas, que o gol viesse num lance em que a mala jogou contra o Guarani. Lembremos. O gol começa num chutão pra frente de um zagueiro do time campineiro. O único atacante do Bugre, Reinaldo, disputa no alto e perde para Leandro Eusébio. Enquanto a bola viaja, Apodi, o lateral velocista, dispara com vontade inaudita, esperando um raspar de bola, uma sobra. Não. Ela fica com o Fluminense. E cai com Carlinhos na esquerda, nas costas do despencado Apodi. O zagueiro Aislan sai na cobertura – e também com afobada dedicação, se joga aos pés do lateral. Carlinhos, esperto, evita o combate e cruza. No primeiro pau, Washington com apenas um marcador (o alto Aislan estava fora da área), raspa… e Emerson escreve história.

Emerson, do Fla para o Flu, o único bicampeão desses anos cariocas de Brasileirão. Emerson, o Sheik, que passou o campeonato enfrentando contusões. Emerson, com nome de pensador americano e sorriso de malandro carioca, chuta – a bola passa entre as pernas de… Emerson, o semi-anônimo goleiro do Bugre. E o 1 a 0 tricolor está pronto.

É um 1 a 0 Muricy, um 1 a 0 Conca – um 1 a 0 tricolor de cima a baixo, cabo a rabo. Um 1 a 0 que tira as metáforas rodrigueanas da cartola – a vocação da eternidade, os 40 minutos antes do nada. O Fluminense chutou o quase pro fundo da rede – e de modo extremamente tricolor. Como em 1984 – foi 1 a 0. Como em 2007, foi 1 a 0. Como em 1983, foi 1 a 0. O um a zero maior – como não percebemos antes? Ora direis… houve o 3 a 2, o 2 a 1 – sim – mas nada é tão fluminense como o 1 a 0. Um, zero – quase um código binariamente tricolor – o placar minimalista por excelência.

Na arquibancada do Engenhão, com o gol, a mãe de Caio chora de novo. Chora dois anos depois da Libertadores, um ano depois da arrancada anti-queda – um choro amplo, que não termina. Chora e abraça o filho. E continua a chorar. Os minutos restantes são proverbiais, o Guarani não ameaça, a tensão vai se diluindo. Quando o jogo acaba, mãe e filho começam a descer as rampas do Engenhão. Não é o hino que eles cantam – é Radio Pirata, ou quase.

- ÔÔÔÔÔÔÔ… vamos pra cima Flusão…

As bandeiras se misturam – 40 mil pessoas, uma voz apenas. O Fluminense é campeão brasileiro.

- …Quero gritar campeão… Vamos lutar… por mais essa taça…

A mãe olha para o filho cantando… se lembra da frase de dois anos antes.

- Mãe, você disse que a gente ia ganhar, mãe….

Ao lado de Caio está Marco, rubro-negro, vestindo a camisa do Fluminense, torcendo pelo Fluminense – com a bandeira do Fluminense. Quis ir ao jogo com o irmão. A torcedora-mãe olha para os gêmeos bicampeões – como Fla e Flu – e se lembra do choro anterior. Ela enxuga as lágrimas do presente – que nublam na retina as imagens que a memória há de guardar. Um filho gira a camisa e canta, o outro empunha sua bandeira casual. O futebol, que tanto nos dribla e derruba, às vezes traz instantes eternos como esse. Silenciosamente, ela torce por uma tardia conversão de Marco – mas isso importa menos. O que importa é estar ali – cantando. Cantando. E cantando.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

MINHA RETROSPECTIVA 2010

Em 2010 realizei um grande sonho, e por mais que pareça doença da minha parte, a melhor coisa do ano foi o Flusão Campeão Brasileiro e eu estava lá e chorei com esses olhinhos aqui. Simplesmente emocionante, esperaria mais 26 anos!

Não quer dizer que foi só isso, tivemos Dilma Presidente, Jatene Governador, Ficha Limpa que rodou, rodou e caiu dentro (e mesmo assim o Maluf entrou!!!! Caraca esse homem é um mito!)Tiririca e as diversas teorias do porquê, TRE-PA totalizou segundo turno em tempo recorde, a equipe da Zona 48 arrebentou a boca do balão.

Ano de Copa do Mundo, o ano se divide em antes e depois da copa (a maioria das minhas lembranças em classifico assim...). Dunga escancarou sua fúria e sua burrice aos quatro ventos, o Brasil foi chato e a Espanha tocou, tocou e tocou a bola (bonito, diga-se) e foi campeã.

Meu futebol evoluiu sensivelmente e eu joguei muita bola esse ano!

Depois eu lembro de mais coisa, agora o que é realmente mais importante:

MINHA FILHA ESTÁ ALFABETIZADA, MEU FILHO SABE CONTAR ATÉ 30, E ATÉ 10 EM INGLÊS, ELES SABEM NADAR, E ESTÃO FORMANDO UMA PERSONALIDADE CHEIA DE VIRTUDES. E ESSE É, COM CERTEZA O MEU MAIOR ORGULHO DE 2010.

MINHA MULHER REALIZOU UM SONHO E EU, ESTOU MUITO FELIZ POR ELA!

Família com saúde, Deus no coração, comida na mesa, o que mais eu posso fazer? Nada, apenas OBRIGADO MEU DEUS!

domingo, 14 de novembro de 2010

Domingo, 14 de novembro de 2010

Domingo intenso!
Dick vigarista, leia-se Fernando Alonso, teve um final digno da corrida maluca: perdeu, se fudeu, e ainda saiu esbravejando porquê ninguém ajudou o coitadinho. Ficou feio! Só faltou uma bigorna cair na cabeça dele e seu fiel escudeiro dar uma risadinha canalha.

A entrevista da Fabi depois do glorioso vice do vôlei feminino foi sensacional. Resultado de uma mistura improvável de emoção e clareza de raciocínio. Deve ter ensinado a muita gente que humildade não dói. Isso que é coração, alma.

E a partir de hoje sou fã oficial da Fabi!
E também vou começar a tomar Red Bull, sempre com um brinde a ética no esporte.... viu corinthians????

TRICOLORES DO CÉU E DA TERRA!

Meus amigos, o tricolor não é campeão brasileiro há 26 anos, a massa pó-de-arroz em polvorosa pela bela campanha e vê de perto a chance da glória de ser campeão, mas...

- o time não para de cometer erros, empata com o vice-lanterna e virtual rebaixado, perde, então 6 pontos para os dois piores times do campeonato e mais um sem número de pontos irreduperáveis
- nossos melhores jogadores se batem uma porrada de vezes;
- nosso centrovante tem os excelentes números de 14 jogos, nenhum gol a favor, um contra e tirou duas bolas que iam na direção do gol;
- nosso técnico que deveria ser um dos melhores do brasil erra pra caralho em escalar o time, e se defende demais (apesar de bem);
- brigas políticas em hora extremamente errada e etc e tal.... sim, e daí?

Ainda temos chance, e se o título vier ninguém vai lembrar dessas miudezas. A marca da vitória vai ser o drama, esse drama que todo tricolor conhece e aprendeu a gostar, esse drama que é nossa marca, dentro e fora de campo (Nelson Rodrigues Fernanda Montenegro, sinônimos de drama...)esse drama que nos faz cada dia mais apaixonado pelo time de guerreiros!

O fluminense dá ao torcedor tudo que ele quer, alguns apenas não sabem que o quanto esse drama é viciante!

Saudações tricolores! Guerreiros, guerreiros, guerreiros.... time de guerreiros!

domingo, 24 de outubro de 2010

DRAMA!

Nada está tão ruim que não possa piorar!

W9 está a 8 jogos sem fazer, não tem reserva, o time está desesperadamente precisando dele, a torcida que nunca foi unânime com ele está cada vez mais puta da vida, e o que acontece? O cara faz um gol contra, que se não fosse este gol contra, o time provavelmente ganharia o jogo e ficaria a dois pontos na frente do vice-lider!

Na boa, deve ter muita gente triste esse fim de semana de esporte, mas ninguém, ninguém está mais agoniado que Washington, até porque se cobra e tem um enorme coração valente!

Em tempo, sou líder de novo!
Saudações tricolores!

domingo, 17 de outubro de 2010

Faltou e sobrou!

Faltou profissionalismo, técnico e humildade!

Um objetivo se alcança baseando-se em algum plano e o paysandu não tinha.

O nosso técnico acha que colocar 11 em campo, olhar pro jogo e não enxergar um palmo a frente do nariz é conhecer estratégia! O dema deles jogou solto o tempo inteiro e ninguém colou no cara, incrível!

E o pior de tudo, o paysandú não acreditava que poderia perder. Confiamos tão cegamente na vitória e não nos preparamos pra qualquer adversidade, como se tivessemos o direito divino de subir hoje. E nessa parte, não me excluo da culpa. Técnico, time, diretoria e torcida fomos míopes pra curuzu, ás 8 da manhã doa dia 17 de outubro de 2010, o clamado DIA DO ACESSO! Sobrou prepotência!

Por fim, o que são 5 anos na serie C para o paysandú? A resposta é simples, são 5 anos de série C para o paysandú. Assim mesmo, só isso!

sábado, 16 de outubro de 2010

Dia do Professor

Homenagem ao dia dos professores, os mais importantes e talvez mais desvalorizados profissionais do nosso velho Brasilzão!

Para não cometer injustiça, vou representar meus professores assim: um de cada colégio, desde o jardim de infância até a faculdade. Sintam-se parabenizados!

Tia Auxiliadora - infelizmente já falecida. responsável pela minha alfabetização, junto com a Tia Carmelita, acho eu. Lembro pouco dela, mas, tenho certeza que foi com ela que tudo começou!

Tio Dreco - acho que terceira ou quarta série, um cara muito correto, ainda hoje temos contato na adoração da igreja de Nossa de Lourdes, hoje trabalha no TJE-Pa.

Gonzaga - tentou, mas não conseguiu me ensinar a m.... matemática, era meu amigo, mas tem um grave defeito que é torcer para o Remo, deve estar triste pela situação daquele timinho, eu não estou, rs!

Jonas - professor de história, não chegamos a ter amizade, mas a história me levou ao direito, que me levou ao meu salário, que me levou a sustentar meus filhos. Então, valeu "fessor".

Paulo Pinho- outro remista enjoado que tem muito do meu apreço, um professor prático e com exemplos marcantes. Fera em direito admistrativo me mostrou o caminho das pedras nessa matéria!

Agora que, novamente, me preocupo com professores, desta vez os dos meus BUGOS, menciono as espetaculares: SILVANA, LÍGIA, JÚLIA E ANA FLEXA! Obrigado e conto com vocês!